12/02/2013

I have this urge.. to write to you


Sempre te disse que serias o meu porto de abrigo e mesmo após o fim, sabes que o foste. As memórias que criámos, tu, as tardes frias.. foi tudo isso que me salvou muitas vezes que precisei. Quando me sentia triste, as nossas brincadeiras antigas animavam-me; quando me sentia sozinha, pensava nas tardes passadas a rir e a conversar e já não me sentia tão sozinha; quando sentia necessidade de chorar, pensava em todas as vezes que me fazias sorrir e no quão segura me sentia do teu lado. Durante uns breves instantes eu sentia tudo outra vez. O amor, a segurança, a amizade, o carinho, a empatia.. voltava tudo ao meu coração, aquecia-me - tal como tu dizias - e eu ficava melhor. Quando as lembranças de ti e de nós partiam, voltava a solidão e a tristeza, mas não era a mesma coisa, ainda tinha parte de ti comigo e para ser honesta, ainda a tenho comigo e nunca a vou largar. "O primeiro amor nunca se esquece"? Sim, pois não. E tu foste o meu, de verdade, e como tal não te vou esquecer. Sabes que por vezes páro para pensar se tínhamos resultado.. Da maneira como eu te amava, talvez. Da maneira como, quando me perdeste, me amaste, talvez. Mas aquela... aquela não era, definitivamente, a altura certa para nós. Um ano mais tarde tinha sido perfeito, tínhamos durado, tínhamos sido verdadeiramente felizes. Mas agora que adianta? Tenho as recordações, tenho todas aquelas lembranças e sinto-me bem assim. Não sinto que esteja a prender o passado, estou simplesmente a guardá-lo bem guardadinho para quando precisar dele, ele estar sempre comigo. E mais do que castigar-te pelas lágrimas e por toda a dor, tenho de te agradecer por me teres mostrado o que era o amor, como era sorrir e  por teres criado tantas memórias lindas que hoje, de lágrima no canto do olho e um sorriso enorme na cara, recordo com tanto carinho. Foste o meu porto de abrigo, foste uma parte de mim. És o meu porto de abrigo e sim, ainda és parte de mim. Obrigada por tudo.

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