03/11/2011

**não se assustem por ser enorme**

Novo Rumo


A chuva caía forte há já algum tempo. Conseguia ouvi-la a cair nos vidros da varanda e apesar de ainda ser cedo, levantei-me, puxei a manta que estava na cama e enrolei-me a ela. Devagar e aos apalpões atravessei o quarto e abri o estore. Era exactamente aquilo que eu esperava ver. O céu escuro e a chuva a cair brutamente no chão e a fazer pequenas pocinhas na rua.
Vesti-me, preparei-me e saí de casa. O cheiro a chuva, a molhado.. as folhas caídas pelo chão e o som do chapinhar que fazia a cada passo que dava. Fechei os olhos por uns segundos, respirei fundo e recuei no tempo. Sem qualquer intenção, quando abri os olhos estava de novo numa daquelas tardes.
*
Abrigada da chuva ali naquele cantinho, que mais tarde apelidámos de “o mesmo sítio de sempre”, mas a vê-la cair fortemente a poucos metros de mim. Ao longe, a tua figura em tons de azul começava a aparecer. Há medida que os segundos passavam, a tua imagem ia ficando cada vez menos desfocada até que se tornou bem clara e definida. Estavas mesmo á minha frente. Mesmo á minha frente e a usar esse sorriso acanhado e feliz que durante tanto tempo tinha ansiado ver. Levantei-me para te cumprimentar, o normal, mas quando estava a chegar á tua bochecha viraste a cara e o mais docemente possível os teus lábios tocaram os meus.
O vento começou a soprar mais forte e o meu cabelo esvoaçava em todas as direcções. Em poucos segundos o trabalho de alguns minutos que tive para o arranjar minimamente para ir ter contigo foi estragado mas tão pouco me importei. Discretamente tentei pô-lo no lugar mas tu estavas de olho em mim. Sim, tu com esses olhos castanhos grandes e brilhantes estavas ali mesmo ao meu lado, a ver todos os meus movimentos, o meu pestanejar, a minha respiração a acelerar e, muito provavelmente, conseguias também ouvir o meu coração a bater cada vez mais depressa. As minhas mãos começaram a tremer bastante após esse pensamento. Para além de frias, gélidas, agora estavam também trémulas.
Consegui ver o meu reflexo num vidro diante de nós. Óptimo! Tinha o nariz inchado e vermelho graças ao frio. Tinha ficado ainda mais envergonhada mas, quando olhei para ti pelo canto do meu olho, vi que estavas exactamente igual. Pelos vistos não era a única afectada pelo frio.
Sentámos-nos e num tom de desabafo disse que tinha frio. Automaticamente chegaste-te mais perto de mim e bem devagar e envergonhadamente puseste o teu braço á minha volta. Senti a tua mão tocar-me com um toque suave e delicado mas por dentro estava num turbilhão inexplicável! Esbocei um sorriso e sentei-me mais perto de ti. Tentei manter a calma por fora e acho que me saí muito bem nessa tarefa, melhor do que em manter a calma dentro do meu coração e da minha cabeça. Mil coisas me passavam pelo coração, tinha tanto para dizer, tanto para contar! Mas a minha mente estava simplesmente bloqueada, as minhas cordas vocais tinham congelado não com o frio mas com o teu beijo e qualquer movimento que quisesse fazer, o teu toque tinha-me impedido. Nunca tinha ficado tão bloqueada, nunca ninguém me tinha feito o que tu fizeste com um sorriso, um beijo, um gesto. Mas talvez seja por isso que dizem que “um gesto vale mais que mil palavras”. Foi isso mesmo que me fez acreditar que tudo aquilo era real. O teu sorriso de felicidade parecia o mais puro possível, o teu beijo parecia uma corrente eléctrica a passar por todas as extremidades do meu corpo e o teu braço á minha volta, apesar de não ser a primeira vez, transmitiu-me a segurança e protecção que estava a precisar. Após os minutos de embaraço começámos a falar. Começámos e nunca mais parámos. Umas duas horas depois ainda estávamos ali, no nosso sítio, a falar. Não sabes como soube bem no meio de uma conversa banal, muito naturalmente dizeres “(…) porque eu gosto mesmo muito de ti (…)”. Senti-me bem. Senti-me amada, importante e única.
A chuva começou a cair ainda mais forte, despedimo-nos mas eu esperava (em todas essas tardes chuvosas de Novembro) que um dia voltasses atrás, me levasses para a chuva e me desses o beijo que me tinhas prometido, mas nunca o fizeste e eu também não me importei muito. Ter-te ali comigo, só para mim durante aquelas horas era tão bom. Eras meu, só meu! Sentia-me tão bem, tão protegida e feliz. Sim, posso dizer que foram os dias mais felizes. Essas tardes de tempestade em Novembro. Porque essa foi a altura em que eu e tu éramos um nós, e a chuva era a nossa canção de amor.
*
Mas.. lembrei-me! Era apenas mais uma manhã. Isto tinha sido apenas eu a recordar o passado. A recordar a altura em que não me sentia sozinha, carente, com saudade, nostalgia de algumas coisas, de alguns momentos, de palavras, de promessas, de ser feliz.. de ti. Eu amava-te, sabes? Eu era capaz de ir ao fim do mundo por ti, isso é o mais triste. Eu dava tudo por alguém que, pelos vistos, não daria nada por mim. Aliás, não deu nada por mim.
Meses depois acabaste com toda a felicidade que tinha. Pegaste no meu coração, mandaste-o ao chão e mesmo depois de partido ainda o espezinhaste. Quiseste começar do zero e mesmo sem compreender, apoiei a tua decisão. Fiquei á espera que fizesses o que disseste, recomeçar, mas esse recomeço nunca veio. Tu não voltaste. Nem tu nem os momentos, as palavras carinhosas, nada! Ficou tudo preso no passado, tal como eu. Passaram-se meses e eu tentei seguir em frente. Chorei, admito, chorei muito. Nunca me tinham magoado tanto ao ponto de fazer tudo o que fiz por sofrer por ti. Foi tudo muito rápido, talvez. Mas foi o suficiente para eu saber que tinhas tomado conta de mim, do meu sorriso e da minha felicidade. Suficiente para eu saber que eras tu quem eu amava e precisava apesar de tudo. Sim, porque mesmo depois de teres mentido em relação aos teus sentimentos, mesmo depois de me partires o coração e de me magoares como ninguém.. é irónico, porque era a ti que eu queria do meu lado para me consolar.
E por ti também magoei alguém. Como se já não bastasse sofrer uma vez, entendes? Ali estava eu, no chão da sala a chorar. Mas desta vez, por ter mesmo de magoar outra pessoa. Uma pessoa inocente, que não tinha nada a ver connosco mas que foi atirada para dentro deste drama, por mim. Porque pensava que tu já estavas onde devias estar, no passado. Ali estava eu, a sofrer. Não de novo, porque foi apenas uma continuação de algo que ficou ali guardado por um tempo, naquele cantinho do coração responsável por nada esquecer.
Porém, há uma altura em que já chega. E eu cheguei a essa altura, várias vezes. Mas agora é a valer! Porque percebi que mudei muito. E o mais triste é saber que mudei por ti. Logo por ti que não deste nada por mim nem por manter a nossa história. Eu comecei a fumar quase compulsivamente, até os meus melhores amigos olharem para mim com uma expressão de desilusão e tristeza e eu não ter tido coragem para nunca mais o fazer. Eu cortei-me várias vezes, até alguns desses mesmos amigos pegarem no meu braço, puxarem a camisola para cima, apontarem-me o pulso na cara e gritarem “isto? Foi nisto que te tornaste?”. Eu comecei a beber (muito.. muito..) mais do que o costume e por nenhuma razão em especial, até me dizerem que isso estava a começar a realmente afectar-me. Mas sabes o que é que me estava mesmo a afectar? O facto de ainda estar (demasiado) presa ao passado! Demasiado presa a ti e a memórias que não passarão disso: só e apenas memórias. Desisti de me castigar por algo que fizeste e acredita que foi o melhor que já fiz.
Agora chegou a altura de eu fazer a verdadeira escolha, aliás, já há algum tempo a fiz. Apenas a mantive guardada para mim mesma, para não agoirar. Porque foi, na verdade, uma escolha difícil. Quando tive de decidir entre aquilo que quero e aquilo que verdadeiramente mereço, fiquei dividida. Mas depois lembrei-me das promessas que ficaram por cumprir e entre ti e uma felicidade que há de chegar, eu prefiro lutar por essa futura felicidade, já que contigo, nunca mais serei feliz.
Amanhã é outro dia. É hora de começar tudo de novo. É hora de olhar para as pessoas e sorrir, não ter de fingir que estou bem, que estou feliz. É hora de deixar de chorar antes de dormir, de gritar por quem não me ouve, de mentir quando perguntam se estou bem. Chegou a hora de ser mais corajosa que nunca e deixar-te mesmo para trás. Eu vou conseguir!
Andei muito tempo a sentir o coração a queimar dentro do meu peito, a sentir os olhos afogados em lágrimas, a evitar olhares directos, a disfarçar mexendo no cabelo, a respirar tão fundo como se fosse a minha última porção de ar, a dar o meu melhor e maior sorriso, fingir que estou bem e que nada daquilo me mandou abaixo. Não é fácil, sabes? Isso é tentar enganar-me a mim mesma, é querer viver um sentimento, um estado de espírito que não é o meu! É querer fugir da (dura) realidade, só para não mostrar o quanto eu estou a sofrer. É desejar desaparecer, é querer esquecer o que está cravado no meu coração como uma tatuagem, é sofrer em silêncio! Não sabes como dói! Não sabes, nunca vais saber, nunca vais compreender!
Mas eu infelizmente, (sobre)vivi tudo isso e digo que para mim chega. Não dá mais para pôr um sorriso na cara e sair andando por aí. Não dá para esconder as lágrimas que querem sair. Não dá para guardar a tristeza para mim mesma, não posso fingir que nada aconteceu e simplesmente sorrir para agradar aos outros. Cansei-me disso! Cansei de correr atrás de quem não me liga nenhuma, cansei de me iludir com palavras, gestos ou pequenos momentos. Cansei!
Sei que no fundo do meu coração estarei sempre á tua espera. Serás aquela única pessoa que realmente vai ficar para sempre marcada no meu coração, por mais tempo que passe. Mas terei de aprender a viver com a tua ausência. E serei feliz. Vou deixar de pensar tanto em ti, de te ver em tudo o que digo, que faço, que vivo, que sonho.. acabou.
Eu digo sempre que não me vou importar e que “desta vez é a sério”, mas agora é diferente. Caso contrário não teria escrito tanto. Julgava que já tinha esgotado as minhas palavras a escrever para ti porque, afinal de contas, passou um ano! Vê bem.. um ano. Um ano em que ouvi canções românticas a pensar na mesma pessoa, um ano em que o meu amo-te verdadeiro era sempre dirigido à mesma pessoa, um ano da minha vida que eu desperdicei a pensar em alguém que não quer saber de mim para rigorosamente nada! Um ano.
Fazer o errado sempre foi o meu forte, mas desta vez eu sei que estou certa. Eu deixei-te fazer-me o que disse que não deixaria nunca ninguém fazer: mudar-me. Mas os meus sentimentos não. Eles não mudaram nem acabaram, nem nada que se pareça, porém o meu coração fez uma nova escolha: viver em vez de sobreviver.
Não quero afirmar nada que não seja verdade, por isso limito-me a informar-te da decisão que o meu coração tomou juntamente com a minha cabeça. Finalmente chegaram a um acordo e acabou mesmo. Não vou correr mais atrás de ti. Quem ama não desiste, não trai, não vai embora, não ignora. Simplesmente ama. Quem ama, não força um “eu amo-te”. Quem ama dá carinho e entende. Quem ama sabe e saberá pelo resto da vida que vai sentir esse sentimento, diminuindo ou aumentando, seja como for, ele não irá desaparecer.
Posto isto, digo com toda a certeza duas coisas: que nunca me amaste de verdade, caso contrário esse sentimento não tinha desaparecido tão depressa e não tinhas desistido de mim á primeira dificuldade. A segunda, é que te amo. Amo-te com todas as minhas forças e isso não mudou desde há um ano para cá, mas percebi que me acostumei a ser enxovalhada e desprezada e não estou mais para isso.
O tempo passou, eu mudei, os momentos acabaram, os meus sentimentos permaneceram junto com as lembranças e decisões foram tomadas. Decidi levar um novo rumo, esperando que este novo caminho me leve a algo que me faça feliz, não só por uns meses mas por muito tempo. Algo que me preencha e me faça dizer bem alto e com um enorme sorriso no rosto: “eu sou feliz”. Sabes? Como outrora tu fizeste.
Muitas pessoas dirigiram-se a mim várias vezes a dizer que estava diferente e que tinha mudado, muitas dessas pessoas sentem falta do meu antigo eu. Aquele eu verdadeiro. Alegre, divertida por natureza, sempre sorridente e animada. Aquele que destruíste. E fica sabendo que ao longo deste texto não deixei escapar nenhuma lágrima, acabo o texto sim, com umas lágrimas no cantinho do olho, mas não são de tristeza até porque ao lembrar tudo isto eu sorri. Porque encontrei em mim aquela menina alegre que falei umas linhas acima. Aquela que julgava ter desaparecido com o tempo.
Se eu aprendi a conviver com certas pessoas, aprendo muito bem a sobreviver sem ti. Porque tu foste embora da minha vida mesmo contra minha vontade por isso a única maneira de eu ficar bem, é expulsar-te do meu coração. Adeus. Para ti, um amo-te eterno e prometo encontrar-te por aí, nos meus sonhos mais verdadeiros e profundos. 
Beijo.

24 comentários:

beatrizpereira disse...

não importa está grande, está lindo, sentido, perfeito mesmo, e quem ler do inicio ao fim, juro que não se vai arrepender, sabes que me deixaste com uma lágrima no canto do olho, este texto está completamente perfeito, estarei sempre aqui, loveyou.

beatrizpereira disse...

não importa está grande, está lindo, sentido, perfeito mesmo, e quem ler do inicio ao fim, juro que não se vai arrepender, sabes que me deixaste com uma lágrima no canto do olho, este texto está completamente perfeito, estarei sempre aqui, loveyou.

beatrizpereira disse...

obrigado por tudo, tudo mesmo :')

beatrizpereira disse...

oi? sabes que se alguém aqui tem que agradecer, sou eu :|

Sofia disse...

És o maior orgulho da minha vida. Passou um ano e chegaste até aqui. Caiste muitas vezes e levantaste-te de todas elas. Não te vou desejar muita força ou coragem.. Porque tu não precisas de nenhuma delas. Sem força como tinhas chegado até aqui? E sem coragem como terias feito essa escolha tão dificil? És a pessoa mais forte do planeta terra e dos outros todos, porque apesar de tudo, estás disposta a voltar a ser tu. E sim, eu tenho saudades do teu antigo eu. Mas como sempre, estarei do teu lado, quer seja nas coisas boas e principalmente nas más. És o meu ídolo, o ídolo desde sempre, porque sempre me puseste à frente de ti e eu nunca me irei esquecer disso. És o maior orgulho da minha vida.

Sofia disse...

Ps. i love you best fucking friend forever ♥

beatrizpereira disse...

nunca permitiria que caísses novamente !

Rita disse...

A-M-E-I.

м. disse...

foi o texto mais sincero, teu, que li. tu sabes o que acho disto tudo, não é necessário repetir. Já percebi que o nosso pacto ajudou em expulsares essas coisas\pessoas que te fazem mal, do teu coração. Estou muito orgulhosa de ti, conseguires ultrapassar uma coisa que não foi de um mês ou de dois meses, foi mesmo muito muito tempo. Nunca te esqueças pigs, "aposta mais na tua vida, nos teus sentimentos, nos teus instintos. chega de estares parada no teu caminho. já lá ficaste muito tempo. agora é seguir em frente." amo-te mil, you know ♥

Anónimo disse...

"quem ama não força um 'eu amo-te'". Aqui, disseste absolutamente tudo.
Sabes princesa? Puseste-me praticamente a chorar, deu-me imenso gosto ler isto e saber que estás melhor!
E ainda por cima, deu para ver que o que eu tenho não é nada, nada! Tu passaste um ano por isto, eu estou nisto há meses... tu fizeste coisas que eu acho que nunca fazia, e deste a volta por cima! Se ao fazê-las, foi porque estavas fraca, ao superá-las foi porque és forte! És mesmo muito forte e eu apercebi-me que não sabia metade da tua história, e acredito que nem depois disto saiba.
Muita força, ainda mais! Tens a tua, tens a minha e tens a de toda a gente no mundo que só te quer bem, porque não hás de conseguir? Claro que consegues.
Foi dos textos mais sinceros que eu ouvi e se, em partes me identifico, noutras fico completamente de boca aberta por me estar a lamentar por coisas que à beira disto são caprichos, completos caprichos! Caprichos estúpidos e sem fundamento.
Princesa, estou aqui SEMPRE, SEMPRE, SEEEEEEEEMPRE !

Dahliaw disse...

Foi um dos textos mais emocionantes, mais verdadeiros, mais sincertos que eu li até hoje. Até o li, de novo, em voz alta. Tu és uma grande Mulher! E tens imensa força! Estarei sempre aqui para te ouvir, quer seja para desabafares, quer seja para dizermos disparates em conjunto. Sempre. Sempre, mesmo :)

CM disse...

de nada :) eu também adoro ;D

Anónimo disse...

posso comparar, porque sinto-me mal a desabafar com alguém que tem o triplo dos problemas que eu...
obrigada, mesmo muito obrigada!
as coisas melhoram e pioram ao mesmo tempo :s
e tu, tens estado bem?

Rita disse...

Eheh , é compreensível, é bastante grande, mas quando se lê por gosto, não cansa. :)

Anónimo disse...

por muito que seja diferente, há pormenores semelhantes demais.
podes contar, estou disposta a ouvir tudo, querida (:

Rita disse...

Nada a agradecer. :)
Um beijo, R.*

Inês disse...

Há "disto" em todo o lado! :b

Anónimo disse...

oh princesa, ainda bem!
gostava de ter dessas pessoas, mas a mim persegue-me a mesma de sempre (que vem acompanhada por elementos femininos, isso é que me põe neste estado :x) :b
acho muito bem que estejas melhor! obrigaaaaaaada ;)

Anónimo disse...

mas não há relação, muito menos pública, logo, não há bitches :s

Renata disse...

Não, nunca vou duvidar de mim princesa! Obrigada e está mesmo forte e profundo este texto. gostei imenso, parabens*

Joana Monteiro disse...

ahah, obrigada :D
e esse texto? está lindo*

Anónimo disse...

SIGO !

Maria Inês Rodrigues disse...

Não faz mal estar grande, esta fantástico mesmo :)
- Sigo :D
Gostava muito que desses opinião em relação ao meu blog: http://voltar-ao-inicio.blogspot.com/ e se gostasses, seguisses, era óptimo :) Beijinhoooos do tamanhão do mundo

m. disse...

Tal como te prometi, li-o, com muita atenção.

Estou orgulhosa por ti, Cris.
E agradeço-te por, isto: "Desisti de me castigar por algo que fizeste(...)"
Agradeço por ti, porque sei que sofres e que sofres ainda mais quando fazes isto. Jamais te iria julgar por isso, antes pelo contrário, admiro-te.
Admiro o que fizes-te porque só uma pessoa com coragem o faz, só uma pessoa que ama, mas que ama a sério, o faz. Mas, não podes deixar-te destruir pouco a pouco, porque tu és mais forte do que tudo isso, oh, muito mais.
Às vezes parece que o tempo corre contra nós, não é?! Dizem que o tempo tudo apaga, mas ao fim de um ano(ou mais) continua tudo igual. Eu sei o que isso é. Mas o tempo não apaga tudo sozinho, nós temos de o ajudar.
E tu estás a poucos passos de o conseguir. Eu sei que tu consegues.
Sei que dentro de ti tens a maior força do mundo, só que, só estás a descobri-la agora.
Não te posso "obrigar" a estares bem, mas posso fazer alguma coisa por isso. Por isso, por favor, sempre que precisares de alguma coisa, pede-me. Sempre que eu te perguntar: estás bem? E tu não estiveres, diz-me: não, não estou.
Prefiro que mo digas, não precisas de fingir em nada!

Primeiro amor, nunca se esquece, por mais tempo que passe. Mas, ao longo do tempo o sentimento diminui e mesmo que tenhas outras pessoas pelo meio, hás-de olhar para ele, daqui a algum(muito) tempo, e pensar: eu ainda te amo. Nesses momentos, se o teu sub-consciente te disser isso, não acredites nele, ele mente. É que depois de tanto, tanto tempo e depois de outras pessoas, já não se sabe até que ponto ainda gostamos dessa pessoa ou não, é que já estávamos habituados a gostar dela.
Porque é assim, primeiro amor nunca se esquece totalmente, mas ultrapassa-se e tu consegues, aliás, tu já estás a conseguir!
Adoro-te, <3