15/09/2013

Meu querido blog...

O que disse no último post que fiz há uns tempos é verdade, eu escrevo quando me sinto triste. E é por essa mesma razão, meu querido blog, que aqui estou outra vez.
Durante anos ouviste-me falar sobre estar triste, sozinha, tudo e nada. E eu não te dei o devido valor, mas hoje dou. Juro que dou.
Mesmo sabendo que não me vais responder, aliás, nem tu nem ninguém, eu escrevo para ti. Desabafo contigo. Pior do que falar e ninguém responder, é falar e ninguém ouvir. Por isso é que falo contigo, porque és o único que ainda está disposto a ouvir-me. Parece que não tens grande opção de escolha, não é?
Preciso de dizer algo, tirar este peso enorme dos meus ombros e eliminar o aperto que tenho no peito, mas não sei o que é. Só sei que a cada dia que passa a minha solidão aumenta e a minha mente começa a escorregar de novo e pela primeira vez em muito tempo, eu tenho medo de cair na minha antiga rotina.
Não digo que sinto falta disso e que me fazia bem, eu sei que era exactamente o contrário! Mas, agora, é a única garantia que tenho, é a única coisa que me é familiar o suficiente para voltar para ela.
Estou sozinha e, francamente, assustada. Não sei se queria que o tempo voltasse atrás ou que avançasse já alguns anos. Só sei que se continuar assim, não vou ter forças todos os dias para continuar e eventualmente, vou acabar por cair. Pareço dramática, não é meu querido blog?
Se eu fosse a ti não pensava assim, porque era o que todos pensavam até ser tarde demais.

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