10/07/2012

Escrevo-te.. de novo :)

Andava a vaguear pelo blog e cliquei na etiqueta "ele" por mero acaso. Tentei sair da página mas.. aquelas palavras, os sentimentos, as memórias.. tudo chamava por mim, por isso comecei a fazer scroll, a ler os textos que escrevi ao longo dos meses. Depressa percebi o quanto sinto falta de escrever, mas mais importante.. acho que sinto a falta de escrever.. para ti. Deste-me um porto de abrigo durante muito tempo e mesmo depois de me deixares de maneira tão bruta, de seres infantil, tratares-me como se fosse um zé-ninguém, depois de tudo isso.. eu amava-te, de verdade! Nos momentos em que estava no fundo, em que chorava compulsivamente por querer-te de volta, eu pensava "ele um dia vai querer-me mas eu já vou estar bem nessa altura" mas na verdade, eu não acreditava muito nisso, sabes? Sempre foste imprevisível, sempre me surpreendeste, por isso era difícil de imaginar que isto poderia acontecer. Irónico é que aconteceu. Mais de um ano depois de tudo começar, vieste-me com uma conversa engraçada de que tinhas saudades. Como se tu sequer soubesses o que isso é! Disseste que magoava-te ver-me com outro, que sempre quiseste contar-me mas que eu parecia feliz e não querias estragar isso.. mal tu sabias que nessa altura em que parecia muito feliz, eu não o estava. Estava, sim, a tentar ultrapassar o sentimento enorme com o qual me abandonaste. Nessa altura, não disseste nada, rigorosamente nada! Deixaste passar, pensando que era o melhor para mim. Ficaste triste, eu continuei a fingir que estava bem.. e foi assim, até eu realmente começar a ficar contente. Aí, pensaste que já tinhas o direito de estragar tudo porque viste um amigo teu a fazer-me sorrir. Viste que, afinal de contas, não eras só tu. Porque, mesmo com o coração nas mãos, mesmo com o peito apertado ao ver-te sorrir ou as palavras embrulhadas nas cordas vocais, eu fui sempre tua amiga. Nunca te deixei, quando tu quiseste ir embora, eu corri atrás de ti, atrás da amizade que já tínhamos tido. Achaste os meus textos injustos, criticaste-me, quiseste deixar de me falar, consideraste até afastar-te por completo.. e eu não deixei! Permaneci por perto, a conservar a amizade que até hoje se mantém. Eu podia dizer que nunca quis deixar de te falar, que nunca te quis atirar com uma pedra à cabeça, passar-te com um carro por cima ou pôr uma bomba à porta de tua casa, mas se o fizesse.. estaria a mentir! Apesar disso, eu gosto imenso de ti. És engraçado, fazes-me rir imenso, conseguimos ter as conversas mais estúpidas de sempre e também falar muito a sério. Temos uma amizade com dois lados.. o que mostramos a toda a gente, os risos, as chapadas, insultos e coisas estúpidas; e temos a amizade que escondemos de tudo e todos, incluindo nós próprios. Fico contente, até. Esta segunda amizade teve um tempo, um lugar, teve um momento e um grande sentimento. Mas acabou no dia em que finalmente disseste a verdade. Sofri, durante muito tempo, sofri, mas acabei por superar isso. Não sei onde queria ir com este texto. A lado nenhum, acho. Queria apenas sentir outra vez o nosso "quente no coração" ao escrever para ti. Porque, sabes? É sempre aí que procuro conforto quando mais preciso. Foste, és e serás sempre um porto de abrigo. As nossas memórias vão sempre fazer-me sorrir, porque acima de tudo foste e és um grande amigo, com todos os teus e os meus defeitos, com todo o nosso passado e com todo o amor que tivemos.

3 comentários:

Filipa disse...

Adorei o texto, está mesmo muito bom (;

catarina disse...

obrigada linda

CatarinaO. disse...

mexeu mesmo comigo :s